quarta-feira, 2 de abril de 2014

RELAÇÃO DE OBRAS E AUTORES INDICADOS PARA O PROCESSO SELETIVO 2014.2

1. Iaiá Garcia,de Machado de Assis
 2.Olhai os Lírios do Campo, de Érico Veríssimo
3.Casa de Pensão, de Aluísio Azevedo
4. A Carne, de Júlio Ribeiro
5. O Seminarista, de Bernardo Guimarães

10 dicas para escrever melhor

1. Leia muito

Foto: © iStock.com / LuckyBusiness
Foto: © iStock.com / LuckyBusiness
Pode parecer clichê, mas essa é a dica mais infalível. Quem lê muito tem um bom vocabulário e aprende sem perceber regras de gramática. Leia textos de diversos tipos, desde revistas de entretenimento a livros técnicos, romances e clássicos da literatura. Variar os estilos também ajuda a ampliar o conhecimento literário. Além disso, quem lê bastante aprende coisas novas todos os dias, e para elaborar um bom texto é necessário estar informado e ter conteúdo.

2. Escreva sobre coisas que gosta

Uma maneira muito divertida e leve de exercitar a escrita é escrevendo sobre o que gosta. Seja sobre o seu dia-a-dia, sua banda preferida ou sua série de ficção favorita. Antes de partir para o treino das redações de vestibular ou tentar escrever um artigo científico, exercite a sua escrita descompromissadamente. O ato de escrever se aprimora como qualquer outra atividade: com bastante treino você escreverá cada vez melhor.

3. Escreva corretamente na internet

Nós sabemos que na internet o compromisso com a língua não é tão levado a sério, mas às vezes nos acostumamos a escrever de forma abreviada ou errada, e isso reflete na hora que vamos escrever. Escrever corretamente em qualquer situação faz com que isso se torne natural, reduzindo suas dúvidas e tornando a escrita algo prazeroso e simples.

4. Faça um blog ou diário

Como já disse na dica 3, escrever sobre coisas que gostamos facilita a atividade. Você pode criar um blog, para falar de coisas que gosta para outras pessoas, ou simplesmente escrever um diário, falando do seu dia a dia, do que fez, do que gostaria de fazer, são formas de exercitar a sua capacidade de escrita de forma descompromissada e divertida.

5. Seja objetivo

Um bom texto não tem enrolação, não “enche linguiça”. Fale diretamente o que você deseja, com conteúdo e apresentando as informações de forma clara. Não faça muitas citações, pois isso dá a entender que você não tem conteúdo a apresentar.

6. Não use palavras difíceis/rebuscadas

Um bom texto é simples. Palavras bonitas e completamente desconhecidas não agregam valor ao seu texto, e o tornam de difícil compreensão para qualquer leitor. O importante é ter um vocabulário amplo, saber várias palavras com o mesmo significado para evitar repetições, pois elas empobrecem o texto. Porém, precisam ser palavras utilizadas no dia-a-dia, que permitam que o seu texto deixe claro todo o conteúdo que possui.

7. Leia seus textos em voz alta

Às vezes os textos podem conter palavras repetidas ou cacofonias e rimas não intencionais. Lendo em voz alta você consegue ouvir todos estes possíveis erros e corrigi-los. Além disso, muitas vezes lendo o texto percebemos que podemos melhorar alguns pontos dele, e fica muito mais simples corrigir a acentuação.

8. Exercite a pontuação e acentuação

Um bom texto tem leitura fluida, e para isso a pontuação é crucial. Aprender a empregar a vírgula e os pontos ajuda muito na qualidade do seu texto. A acentuação também é de suma importância. Muitas palavras da nossa língua têm sentidos diferentes com e sem acento, por isso atenção redobrada nestes detalhes.

9. Evite exemplos em excesso

Como já dito anteriormente, a objetividade é a grande qualidade de um texto. Portanto, encher a sua redação com exemplos diversos torna a leitura cansativa e provoca dúvidas acerca do seu conhecimento. Exemplifique apenas quando necessário e de maneira sucinta. Assim o seu texto fica fluido e agradável.

10. Evite palavras estrangeiras

Este é um problema dos tempos de globalização. Com todas as informações circulando o mundo, às vezes adotamos palavras de outros idiomas, principalmente do inglês, para o nosso vocabulário. No entanto, isso torna o texto confuso, e pode pegar algum leitor desprevenido. Procure sempre alguma palavra ou expressão em português equivalente ao estrangeirismo. Somente utilize quando não houver opções.
Estas são regras simples, que podem melhorar a qualidade da sua escrita. Escrever é como praticar um esporte ou jogar um videogame: com bastante treino é possível se tornar um expert. Siga as dicas e sucesso!

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

7 de Janeiro dia do leitor

Estudo mostra que a leitura é capaz de modificar o cérebro

Aumento de conexões em algumas áreas cerebrais faz com que o leitor se sinta na pele do personagem

Leitura: efeitos no cérebro continuam mesmo depois que o livro termina
Leitura: efeitos no cérebro continuam mesmo depois que o livro termina (Thinkstock)
Para leitores, o fato de que histórias podem mudar uma pessoa não é nenhuma novidade. Porém, um novo estudo indica que a leitura de um romance pode provocar mudanças reais no cérebro, que persistem por alguns dias mesmo depois que o livro acaba. Os resultados foram publicados na edição de dezembro do periódico Brain Connectivity.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Short- and Long-Term Effects of a Novel on Connectivity in the Brain

Onde foi divulgada: periódico Brain Connectivity

Quem fez: Gregory S. Berns, Kristina Blaine, Michael J. Prietula e Brandon E. Pye

Instituição: Universidade de Emory, EUA

Dados de amostragem: 21 estudantes de graduação

Resultado: O estudo mostrou que a leitura de um romance provoca mudanças de conectividade no cérebro, que persistem mesmo alguns dias após o término da leitura.
Enquanto outras pesquisas nessa área começaram a utilizar a ressonância magnética para identificar as redes cerebrais associadas à leitura, principalmente enquanto as pessoas leem, o estudo de Berns e sua equipe teve como foco os efeitos naturais que permanecem no cérebro após essa atividade.
“Histórias ajudam a dar forma às nossas vidas, e às vezes ajudam a definir uma pessoa. Nós queremos entender como elas entram no nosso cérebro, e o que são capazes de fazer com ele”, conta Gregory Berns, neurocientista da Universidade de Emory, nos Estados Unidos, e principal autor do artigo.
Acompanhamento – Participaram do estudo 21 estudantes de graduação da Universidade de Emory, que se submeteram à ressonância magnética por 19 manhãs consecutivas. Os primeiros cinco dias serviram apenas para registrar a atividade normal dessas pessoas durante o repouso. Depois, durante nove dias, eles leram o romance Pompéia, escrito por Robert Harris. A história se baseia em um evento real, a erupção do Monte Vesúvio na Itália, e acompanha um protagonista que, de fora da cidade de Pompéia, percebe a fumaça ao redor do vulcão e tenta voltar para salvar sua amada.
Os participantes deveriam ler uma parte do livro à noite, e passar pela ressonância magnética na manhã seguinte. Terminado o período de leitura, os eles foram ao laboratório por mais cinco dias, para que os pesquisadores avaliassem se os efeitos da história permaneceriam.
Nas manhãs seguintes à leitura, os resultados mostraram um aumento na conectividade de uma região do cérebro associada à recepção da linguagem. “Apesar de os participantes não estarem lendo enquanto eram avaliados, eles retiveram esse aumento de conectividade”, explica Berns. Um aumento de conexões também foi identificado no sulco central do cérebro, região ligada à função motora. Os neurônios dessa região estão relacionados à criação de representações de uma sensação do corpo – o simples pensar em correr, por exemplo, pode ativar os neurônios associados ao ato físico de correr.
Leia mais:
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Sentir na pele – Para os pesquisadores, essas mudanças cerebrais provocadas pela leitura, que têm a ver com a movimentação e sensações físicas, sugerem que um romance pode, de certa forma, transportar o leitor para o corpo do protagonista. “Nós já sabíamos que boas histórias podem te colocar no lugar de outra pessoa, em um sentido figurado. Agora estamos percebendo que algo assim também ocorre biologicamente”, explica Berns.
Os pesquisadores ainda não sabem dizer até onde essas mudanças podem ir, mas elas persistiram pelo menos durante os primeiros cinco dias após a leitura, analisados neste estudo. “O fato de que detectamos esses efeitos alguns dias depois da leitura de um romance escolhido aleatoriamente por nós sugere que os romances favoritos de uma pessoa podem desencadear efeitos mais intensos e duradouros”, afirma o pesquisador.